sexta-feira, 14 de junho de 2013

Sem sono.

O relógio acusava mais de 4 da manhã. O sono não vinha, era bloqueado por pensamentos que não deveriam mais existir.
Revirava, contorcia-se na cama ao tentar sufoca-los com o travesseiro. Já conhecia cada milímetro do teto e cada tom cinzento das paredes.
Ânsia, raiva, saudades ? Desistira de tentar entender o que sentia.
Perdia-se a conta de quantas vezes levantou e deitou novamente. Ao lavar o rosto, já não conhecia mais quem encarava no espelho. Sua vida perdeu o rumo.
Na cama, retornava o seu tormento. Delirando, estava decidido a pôr um fim naquela dor.
Água, lágrimas, comprimidos.
Sentado na beira da cama, respirou fundo enquanto encarava a caixa de remédios.
Segundos depois, sua atenção é chamada pelo toque do despertador. 7 da manhã, hora de começar mais um ultimo dia.
Ao fim do dia, em casa depois de algumas doses  foi se deitar.
Num piscar de olhos, o despertador acusava mais de 4 da manhã. O sono não vinha ...

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